No território da Baixada – campos e lagos maranhenses tem sido, desde 2003, articuladas muitas organizações sociais com o objetivo de melhorar a realidade sócio-cultural e político-econômica dos cidadãos que habitam as cidades que o constituem.
Abaixo segue uma tabela com dados da população e da área dos municípios.
Tabela 1 – População e área
Município | População Total | Área (km²) |
Arari | 27.753 | 1.100 |
Cajari | 12.842 | 544 |
Matinha | 20.422 | 409 |
Olinda Nova | 12.068 | 198 |
Palmeirândia | 18.105 | 526 |
Penalva | 33.473 | 786 |
Peri Mirim | 12.219 | 405 |
São Bento | 37.449 | 459 |
São João Batista | 18.108 | 691 |
São Vicente Ferrer | 19.466 | 390 |
Viana | 47.466 | 1162 |
Vitória do Mearim | 30.935 | 762 |
Fonte: IBGE/ Cidades, 2007
Apesar do Brasil ser hoje um país com população residindo predominantemente nos centros urbanos, o território da Baixada – campos e lagos maranhense ainda é predominantemente rural, como confirmam os dados abaixo.
Tabela 2 –Área de Residência da população
Município | Urbana | Rural |
Arari | 59% | 41% |
Cajari | 28% | 72% |
Matinha | 36% | 64% |
Olinda Nova | 34% | 66% |
Palmeirândia | 19% | 81% |
Penalva | 42% | 58% |
São Bento | 53% | 47% |
São João Batista | 19% | 81% |
São Vicente Ferrer | 22% | 78% |
Viana | 52,04% | 47,06% |
Vitória do Mearim | 45,04% | 54,96% |
Fonte: IBGE/Cidades, 2005
Viana é o Município com características de pólo microrregional que, juntamente com São Bento e Arari, têm a população residente na sede do município superior à da área rural, apresentando uma razoável infra-estrutura e serviços básicos.
Como corredor de trânsito e fluxo de tráfego urbano/rural, esse território maranhense tem uma característica especial de entrada e saída, pelo continente e litoral.
No território estão concentrados índices elevados de precariedade, com baixo IDH. Acredita-se que possa ter havido alteração desses índices nos últimos anos, mas ainda não dispomos dos dados mais recentes para comparação.
Tabela 3 – Indicadores sociais do território
Município | Nível de Pobreza | Taxa de mortalidade infantil | Taxa de analfabetismo com + 15 anos | IDH |
Arari | 65,7 | 60,4 | 29,47 | 0,617 |
Cajari | 85,9 | 67,4 | 19,43 | 0,589 |
Matinha | 77,6 | 40 | 24,21 | 0,640 |
Olinda Nova | 77,7 | 56,6 | 29,07 | 0,596 |
Palmeirândia | 84 | 67,4 | 32,48 | 0,569 |
Penalva | 81,1 | 56,6 | 28,86 | 0,584 |
Peri Mirim | 81,6 | 56,6 | 37,0 | O,593 |
São Bento | 76,2 | 67,4 | 27,56 | 0,592 |
São João Batista | 86,5 | 67,4 | 30,39 | 0,592 |
São Vicente Ferrer | 81,4 | 66,4 | 35,16 | 0,571 |
Viana | 75,0 | 60,3 | 31,1 | 0,619 |
Vitória do Mearim | 69,5 | 50,9 | 40,6 | 0,615 |
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano, 2000/ IBGE, 2002
No contexto da Baixada, há predomínio de população afro-descendente e mestiça, muitas áreas quilombolas e os indicadores sociais confirmam a insuficiência de políticas públicas, agudizando-se a precária condição de vida na região, como resultante da alta concentração de terra e de renda.
Atualmente, as atividades econômicas predominantemente desenvolvidas na região da baixada-campos e lagos maranhenses são concentradas no setor agrícola, de baixo impacto para o desenvolvimento econômico. Predomina a atividade de subsistência e as dificuldades de manutenção das populações na área rural, por falta da titularidade da terra (dada à elevada concentração fundiária), que tem motivado os processos continuados de deslocamento do campo para a sede dos municípios e para a periferia da capital do estado do Maranhão.
São os recursos públicos que mantém a economia desses municípios em movimento. 2/3 da população desse território tem como fonte de renda as aposentadorias, pensões e programas oficiais do governo federal, de auxílio às populações de baixa renda e salários de servidores públicos pagos com recursos de transferências constitucionais da União.
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